quarta-feira, 20 de agosto de 2008

TEMA DE PESQUISA

PROJETO E CONSEQÜÊNCIA

Em muitos aspectos, o século XXI pode ser visto como um século de conseqüências. Se no XX executamos projetos grandiosos, no XXI descobrimos seus custos. O projeto de uma indústria de massa, do transporte individual e do urbanismo concreto nos trouxe a imagem de um planeta em risco. O projeto de uma tecnologia da informação nos trouxe dispersão do convívio, mas contato cultural amplo ou global. A geração nascida neste novo século também foi transformada pela experiência do século XX. Os jovens compreendem as diferenças do design como jamais antes. É uma geração que não se convence por projetos e quer ver resultados – tanto que não utiliza manuais.

Nossa ética para os objetos mudou: se no século dos projetos, o XX, valia a intenção, no século XXI valem as conseqüências. A profissão do designer é transformada. Projetistas cheios de boas idéias podem ser considerados ingênuos. Não há criação sem realização. Não há realização sem conexão entre pessoas. Design é relação. Design é um laço.

Assim como o usuário não perde tempo no manual, o designer não pode se deter nos mecanismos e lógicas de seu projeto. É antes o uso, o ambiente produzido e sua sustentabilidade que contam.

As gerações do XXI tendem a construir um novo mundo. Um mundo em que, cada vez mais, não importam boas idéias sem conseqüência. À diferença do século XX, um mundo em que a obra é revista pelo resultado.

 

DESENVOLVIMENTO

Três chaves de trabalho lançarão a pesquisa e os debates do PENSAR DESIGN – PROJETO E CONSEQÜÊNCIA:


(1) DESIGN DO ENCONTRO

Análise do design como aspecto fundamental às relações, como promotor de isolamento ou aproximação, angústia ou segurança, convívio e negócios, cultura e responsabilidade pelo entorno.

 

(2) OBJETOS DO DESEJO, DO BERÇO AO BERÇO

Análise da sustentabilidade dos objetos com que lidamos, nossa percepção de que podem ser nocivos a nós ou ao planeta, e os cuidados que podemos desejar para o futuro da indústria. A sustentabilidade como utopia ou possibilidade, como negócio para o século XXI, como desejo compartilhado em um século de conseqüências.

 

(3) PERSONALIDADE URBANA

Como a cidade e as relações que ela facilita ou impede são decisivas para o futuro de seus habitantes, no amor, nos negócios, na ambição profissional, no dispêndio de tempo e na sensação de pertencimento ou não.

PENSAR DESIGN: ESTRUTURA DE TRABALHO

TRABALHO EM REDE

Formas de participação:

I. Participação aberta das instituições de ensino no VIVER DESIGN EM SÃO PAULO

Com propostas livres e próprias de exposição, debates, pesquisa, que culminam na Semana de Design de São Paulo, em novembro.

II. Transmissão do valor do design e de seu fazer pelas instituições de ensino à população

Com ações também livres junto aos CEUs e a suas comunidades, e a abertura ao público dos trabalhos desenvolvidos para a Semana.

III. Conexão de pesquisa, exposição e transmissão da importância do design para cursos de outras disciplinas.

Também de forma livre, à maneira decidida pelas instituições.

IV. Contribuição nos debates do PENSAR DESIGN

(ver postagem PROJETO E CONSEQÜÊNCIA)

 

REPERCUSSÃO

Todas as formas de participação das instituições para o VIVER DESIGN EM SÃO PAULO serão reconhecidas pelo calendário do evento e levadas ao público pelos recursos de mídia on line e imprensa disponíveis à Prefeitura de São Paulo.